domingo, 10 de abril de 2011

Estudantes mantêm vigília nos prédios da UERGS


Desde a tarde de sexta, estudantes ligados a Associação Pró Moradia Estudantil, estão ocupando o prédio de alojamentos da antiga escola Murilo Braga, na intenção de pressionar o governo para liberação do espaço para a UERGS, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.
Desde sua constituição a UERGS tem mudado constantemente de sede, na sua unidade de Santa Cruz do Sul. Atualmente a Unidade ocupa um dos prédios da extinta escola Murilo Braga, o terreno da escola é de 44 hectares e abriga antigas salas de aulas, galpões, casas e dois prédios, um deles sendo usado pela Universidade que não tem a concessão de todo o espaço.
O terreno pertence ao Estado e a UERGS tem autorização de uso de somente o segundo piso de um dos prédios, sem a concessão e recursos a UERGS está impedida de ampliar.
Os estudantes reivindicam a cedencia  do terreno para universidade, o processo se encontra na Secretaria Estadual de Administração, hoje de posse do local. A reitoria da UERGS solicitou a entrega definitiva do terreno no final de 2010.
Neste sábado, durante reunião de formação do Plano Pluri Anual do Governo do Estado no anfiteatro da UNISC, os estudantes apresentaram suas propostas para o fortalecimento da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul e a necessidade da casa do estudante.                                                              Faixas e intervenções pelo fortalecimento da URGS 


Os manifestantes montaram estrutura de refeitório e limparam um dos alojamentos com banheiro, segundo os estudantes o “lugar já é uma casa aguardando reformas”. Eles aguardam uma definição do Governo do Estado e não pretendem abandonar o local.




Prédio do alojamento da antiga Escola Murilo Braga reivindicado pelos estudantes para a UERGS

sábado, 9 de abril de 2011

Estudantes da UERGS apóiam a luta pela CEU

Fonte: Ag. Assmann/Janaína Zilio
ALUNAS não poupam elogios aos professores. Precariedade física é o problema
A unidade local da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) está enfrentando o agravamento de um problema desde o último processo seletivo de alunos: a evasão. Com a implantação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), muitos estudantes de outros estados foram aprovados. Porém, em função das carências na infraestrutura da instituição, optaram por deixar a cidade.
Como a universidade não oferece uma moradia subsidiada, como boa parte das escolas públicas, muitos alunos encontram dificuldades para arcar com os custos de deslocamento diário ou para se estabelecer em Santa Cruz. “Acontece que 50% das nossasvagas vão para pessoas de baixa renda, e o custo de vida na cidade é alto”, explica o coordenador da unidade, José Antônio Schmitz. Segundo ele, a evasão já é significativa. 
O Sisu fez com que a Uergs alcançasse projeção em todo o Brasil, já que a oferta doscursos em nível nacional é baixa – especialmente o de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, que além de novo, traz boas perspectivas de atuação no mercado de trabalho. A unidade conta hoje com cerca de 50 alunos, divididos em três turmas de Engenharia e duas de Tecnologia em Horticultura. A boa avaliação conferida recentemente pelo Ministério da Educação também deve contribuir para atrair alunos.
De acordo com estudantes ligados ao diretório acadêmico, as condições de infraestrutura frustraram as expectativas de quem veio de fora. “Foi uma decepção para todo mundo, porque em outros lugares as universidades estaduais são mais valorizadas”, diz Leda Burdzaki, natural de Santa Catarina. Já Bruna Justen, do Paraná, demonstra preocupação com o futuro na cidade. “O curso é bom e os professores também, mas o que nós pagamos de moradia é o mesmo que pagaríamos em uma universidade particular.”

MOBILIZAÇÃO
A situação fez com que se intensificasse a campanha em defesa da construção da Casa do Estudante Universitário (CEU). Na sexta-feira, um grupo de estudantes ligados à Associação Pró-Moradia Estudantil (Aprome) realizou uma ação de divulgação da causa, que deve se repetir hoje. A ideia é aproveitar a vinda do vice-governador do Estado, Beto Grill, para pressionar o governo pela cedência da antiga Escola Murilo Braga, que garantiria condições para o investimento, que seria direcionado a estudantes da Unisc e de todas as faculdades da cidade. Atualmente, a Uergs tem autorização apenas para ocupar o segundo andar do prédio na Avenida Independência.
O repasse de toda a área está sendo pleiteado na Secretaria Estadual de Administração, que deve promover nas próximas semanas uma reunião entre as entidades interessadas. Além da universidade, a Brigada Militar manifestou desejo de instalar unidades ali. Conforme Schmitz, a conquista do espaço é fundamental para a expansão da unidade, ampliando o número de salas de aulas e laboratórios, revitalizando espaços e criando condições para uma maior oferta regular de cursos. “A prioridade tem que ser dada à única instituição pública de ensino superior da região”, entende. Ele ressalta que as expectativas são boas. “O governo está sinalizando que quer ajudar a transformar a Uergs em uma universidade de verdade.”
Gazeta do Sul 9 de abril de 201

Aprome ocupa prédio abandonado pelo Estado

Nesta sexta feira dia 08 de abril, os estudantes de Santa Cruz do Sul, integrantes e apoiadores do Diretório central de estudantes da Universidade de Santa Cruz do Sul, Universidade do Rio Grande do Sul, Associação
Pró Moradia Estudantil (aprome), ocuparam o prédio da extinta escola agricola murilo braga, cuja estrutura de alojamentos e refeitórios estava abandonada pelo Estado desde a extinção da mesma, os estudantes ocuparam o prédio sem previsão de retirar-se até que o Governo Estadual manifeste oficialmente a cedência da estrutura para a consolidação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.
A área total da escola soma 44 hectares, dos quais 4 seriam dedicados ás instalações da Universidade do Rio Grande do Sul, sendo que hoje a estrutura real da universidade não ocupa mais do que algumas salas,
os demais espaços se encontram absolutamente sucateados e sem qualquer infra estrutura.
O prédio reinvindicado possui capacidade para alojar mais de 50 estudantes, com estrutura de banheiros, refeitórios, salas de estudos e uma infinidade de espaços que até então vinha se deteriorando, obra do descaso do Estado.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Estudantes chamam ato em defesa da UERGS

Será nesta sexta feira, 08 de abril, o ato convocado pela Associação Pró Moradia Estudantil de Santa Cruz do Sul e o DCE da UNISC, em defesa da UERGS e pela casa do estudante.

Segundo os manifestantes o desenvolvimento da UERGS é fundamental para o desenvolvimento regional, e para isso ela precisa ser implantada de fato. Hoje, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul ocupa o espaço físico restrito ao segundo andar de um dos prédios do complexo da antiga Escola Murilo Braga. Os demais prédios estão sucateados. No mesmo terreno, o prédio que abrigava o alojamento dos estudantes, de mesmo tamanho do atual usado para salas de aula, está sem manutenção e carente de reformas. Por conta do espaço não estar oficialmente cedido à UERGS, esta está impedida de realizar melhorias no espaço.

Das 24 unidades da UERGS, é a de Santa Cruz do Sul a que melhor oferece condições de expansão, embora o sucateamento seja a realidade de todas as unidades.

O processo com pedido de cedencia do terreno e dos prédios para a UERGS está na Secretaria de Administração do Estado, sob número 019999-19.00/10-9. A Reitoria da Universidade reivindica a entrega de todo o terreno para o campus da UERGS Santa Cruz do Sul.

A concentração do ato está maçada para as 14 horas desta sexta feira dia 08 de abril e será no portão principal da UNISC para em caminhada seguir até a UERGS.

Informações pelo blog: http://apromescs.blogspot.com

Confira ainda documento enviado ao governador de estado:
 http://apromescs.blogspot.com/2011/04/ao-exmo-sr-tarso-fernando-herz-genro.html

terça-feira, 5 de abril de 2011

Ao Exmo. Sr. Tarso Fernando Herz Genro - Governador do Estado do Rio Grande do Sul

APROME
Associação Pró-Moradia Estudantil de Santa Cruz do Sul




Of. 01/11                                Santa Cruz do Sul, 04 de abril de 2010.





Ao
Exmo. Sr. Tarso Fernando Herz Genro
Governador do Estado do Rio Grande do Sul





                   Cumprimentando-o cordialmente, vimos através deste, comunicar-lhe algumas situações conflitantes vividas por acadêmicos e acadêmicas nas Instituições de Ensino Superior Comunitárias do Rio Grande do Sul.
                   Conquistamos bolsas do PROUNI, e isso é ótimo, garantia de acesso. Porém estamos num impasse: Ausência de Assistência Estudantil.
                   A cidade de Santa Cruz do Sul tem se tornado um pólo do Ensino Superior no estado do Rio Grande do Sul. Todo ano a economia da cidade é positivamente afetada pela vinda de milhares de estudantes a esta. A UERGS, UNISC, Faculdade Dom Alberto e outras recebem cerca de 12 mil estudantes anualmente.
Temos estudantes vindos de todo o estado, especialmente Vale do Rio Pardo. As instituições de Ensino não têm uma política efetiva de assistência estudantil. Porém isso não nos isenta de lutarmos por ela, ao contrário, reforça nossa luta junto ao poder público municipal, estadual e federal.
Outro problema é a hora do reajuste de mensalidade, pois a direção das Instituições justifica aumentos em função da presença de bolsistas PROUNI e a nova lei que regulamenta Instituições Filantrópicas. Não dá para calar estes acontecimentos, precisamos de políticas de acesso, permanência e respeito aos bolsistas.
                   Por isso propomos A CASA DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO (CEU) em Santa Cruz do Sul. Moradia habitável, subsidiada com recursos públicos. Casas do estudante são comuns em grandes Pólos de Educação, facilitando a permanência de alunos de baixa renda no Ensino Superior. Santa Cruz do Sul é um pólo educacional e sua condição estratégica, como tal, deve ser pensada de forma ao pleno aproveitamento da logística pública e da atenção as demandas sociais. Comunicamos, portanto, que somos reivindicadores da atenção do estado, no que tange a garantia do acesso ao ensino superior, como direito de nosso povo. Reivindicamos moradia estudantil, alimentação e espaço de trabalho, como forma de permanência no exercício do curso superior.
Propomos a busca por uma moradia pública, para que sirva de alojamento no período em que os estudantes previamente selecionados (fatores sócio-econômicos, residir fora de Santa Cruz do Sul) estiverem em formação no Ensino Superior aqui.
                   Dia 06 de outubro de 2010, fundamos a Associação Pró-Moradia Estudantil para viabilizar a criação da Casa do Estudante em nossa região.
                   Dialogamos e encaminhamos projeto a Reitoria da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, Associação de Municípios do Vale do Rio Pardo e ao Senador Paulo Paim, ao ex-presidente da república, Sr Luis Inácio Lula da Silva.
                   Estamos dispostos nesta construção e empenhados em viabilizar esta conquista.
                   Agora, Sr. Governador, na continuidade da luta depositamos nosso crédito na Vossa Pessoa.
                   Temos um pedido objetivo: Encaminhamento do processo número 019999-19.00/10-9. Que trata da cedência dos prédios e terreno da antiga Escola Murilo Braga para a UERGS, para que ali se inicie o processo para a primeira casa do estudante de Santa Cruz do Sul e em uma Universidade Estadual.

Agradecemos sua atenção.





                   Atenciosamente.



Andreza Legramanti Gomes
Coordenadora Administrativa e de Secretaria Geral da APROME

Governador do Estado do Rio Grande do Sul

segunda-feira, 4 de abril de 2011

PREFEITOS DO VALE DO RIO PARDO APÓIAM A CASA DO ESTUDANTE

 Durante Assembléia Geral da AMVARP, Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo, no dia 26 de agosto,   em Encruzilhada do Sul, os prefeitos e prefeitas da região debateram e assinaram um documento pela criação de casas de estudantes em Santa Cruz do Sul. No documento, se comprometem em auxiliar iniciativas como a da APROME na busca de recursos e em adotar políticas para garantia de moradia dos estudantes oriundos de seus municípios. Para o Vice Prefeito de  Candelária,  Rui Leopoldo, o campi da UERGS de Santa Cruz deve abrigar a Casa de Estudante, devendo ser usado o alojamento da Escola Murillo Braga para este fim. O prédio está desativado e deveria ser usado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, mas com o sucateamento por parte do governo estadual, o prédio hoje é disputado para abrigar a cavalaria da  Brigada Militar. “Para abrigar cavalo tem, mas para nossos estudantes nada” afirma o vice-prefeito.

APROME elege conselhos

    
 A assembleia de fundação da Associação Pró Moradia Estudantil também elegeu seu Conselho de Administração e  Fiscal. Ao todo serão 14 estudantes responsáveis pela gestão da nova entidade, que na ocasião teve seu estatuto discutido e aprovado. A APROME será administrada por uma composição colegiada sem a figura do presidente. A gestão terá a duração de dois anos e tem a tarefa de revisar o estatuto em até um ano.
Assembleia de fundação da Associação Pró Moradia Estudantil
Após dois anos de debates sobre os caminhos para Santa Cruz do Sul conquistar uma Casa de Estudantes. Na noite da quarta-feira, nasceu a Associação que buscará convergir às iniciativas, projetos e ações para garantir moradia a estudantes no município. A APROME, Associação Pró Moradia Estudantil será formada por estudantes e passa a atuar na apresentação dos projetos, tanto ao setor público como ao privado, para garantir moradia ao maior número de estudantes que buscam Santa Cruz como cidade pólo também para a educação.             
                51 % dos estudantes da UNISC não são moradores de Santa Cruz e 13% desejam poder dedicar mais tempo a universidade, mas não tem condições de morar mais próximo de Santa Cruz. Estes são dados de pesquisa realizada pela UNISC no 1º semestre.
                Com o PROUNI, estudantes de todo o país podem optar por estudar nos cursos universitários a disposição no município e o interesse pela UERGS pode ser ampliado a estudantes de outras localidades se obtiverem garantias para permanência nos cursos. Por este motivo a moradia tem sido destaque nas principais ações e reivindicações de assistência estudantil.
                A APROME surge com a responsabilidade de atender aos interesses de todos os estudantes que necessitem de moradia em Santa Cruz. Buscando Prefeituras e os Governos do Estado e Federal, mas também entidades civis e empresas . A associação quer objetivar os compromissos já assumidos pela Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo, UNISC, entidades estudantis e parlamentares das mais diversas esferas, para garantir moradia aos estudantes.
 

ALUNO DA UNISC ENTREGA PEDIDO DE CASA DO ESTUDANTE AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Documento da APROME foi entregue neste dia 02 em audiência em Brasília

 Durante audiência realizada no Palácio do Planalto na manhã do dia 02 de dezembro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu das mãos do acadêmico de Jornalismo da UNISC, Alan Camargo, documento da Associação Pró Moradia Estudantil de Santa Cruz do Sul com a solicitação da construção da casa do Estudante, destinada a abrigar estudantes do ensino superior das instituições de ensino sediadas no município.
 A APROME foi criada em setembro deste ano para representar estudantes que buscam condições de moradia para permanecerem em seus cursos na UNISC, UERGS e Faculdade Dom Alberto.
 O presidente recebeu a representação dos estudantes em seu gabinete e garantiu empenho do Governo Federal para construir alternativas que viabilizem a construção da Casa.
 Uma solicitação de recursos na ordem de um milhão e meio de reais e a abertura da construção do projeto da casa junto ao Ministério da Educação constavam dos documentos que foram entregues ao presidente.
 “Queremos a ampliação do acesso ao ensino superior, mas também buscamos condições de permanência no curso” afirma Alan Camargo que fez a entrega das reivindicações à Lula.
 “Estamos mobilizados, sensibilizamos o senador gaúcho Paulo Paim para garantir a pressão por parte do legislativo, agora presidente queremos contar com o Senhor.”
 O Presidente Lula se comprometeu em realizar a interlocução com o Ministério da Educação e encaminhou a solicitação dos estudantes ao Ministro Fernando Haddad.
 Em entrevista a emissoras comunitárias de rádio o Presidente reafirmou seu comprometimento e disse: “Mas podem ficar certos de que a Dilma não veio de onde eu vim, mas ela vai para onde eu fui” referindo-se a presidente eleita Dilma Roussef que terá a responsabilidade de aprimorar as políticas de assistência estudantil e encaminhar o pedido dos estudantes.
 Uma reunião entre a representação das universidades, Ministério da Educação, legislativos e executivos do vale do Rio Pardo está sendo preparada para viabilizar a construção da Casa do estudante em Santa Cruz do Sul, o evento deve acontecer no início do próximo ano e é chamado pela APROME.

Documento de apresentação e justificativa da luta Pró-Casa do Estudante Universitário (CEU) em Santa Cruz do Sul.


Na política de Educação Superior a assistência estudantil tem como finalidade prover os recursos necessários para transposição dos obstáculos e superação dos impedimentos ao bom desempenho acadêmico. Assim sendo, ela transita todas as áreas dos direitos humanos, compreendendo ações que proporcionem desde as ideais condições de saúde, o acesso aos instrumentais pedagógicos necessários à formação profissional, nas mais diferentes áreas do conhecimento, o acompanhamento às necessidades educativas especiais, até o provimento dos recursos mínimos para a sobrevivência do estudante tais como moradia, alimentação, transporte e recursos financeiros.

A educação na legislação brasileira é concebida como um direito fundamental, universal, e um instrumento de formação ampla na luta pelos direitos da cidadania e pela emancipação social.

A missão da universidade se cumpre à medida que gera, sistematiza e socializa o conhecimento e o saber, formando profissionais e cidadãos capazes de contribuir para o projeto de uma sociedade justa e igualitária.

 A universidade é uma expressão da própria sociedade brasileira, abrigando também as contradições nela existentes. A busca da redução das desigualdades socioeconômicas faz parte do processo de democratização da universidade e da própria sociedade. Esse processo não se pode efetivar, apenas, no acesso à educação superior gratuita. Torna-se necessária a criação de mecanismos que viabilizem a permanência e a conclusão de curso dos que nela ingressam, reduzindo os efeitos das desigualdades apresentadas por um conjunto de estudantes, provenientes de segmentos sociais cada vez mais pauperizados e que apresentam dificuldades concretas de prosseguirem sua vida acadêmica com sucesso.

 A não definição de recursos para a manutenção de políticas de assistência estudantil que busquem criar condições objetivas de permanência desse segmento da população na universidade faz com que esses estudantes, muitas vezes, retardem sua conclusão e até desistam do curso. Para que o estudante possa desenvolver-se em sua plenitude acadêmica, é necessário associar, à qualidade do ensino ministrado, uma política efetiva de investimento em assistência, a fim de atender às necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde, esporte, cultura e lazer, inclusão digital, transporte, apoio acadêmico entre outras condições.

O objetivo é garantir a permanência do estudante na universidade. Sendo que 40% dos estudantes que estudam na UNISC tem financiamento ou bolsa.

A Constituição Federal de 1988 consagra a educação como dever do Estado e da Família (art. 205, caput) e tem como princípio a igualdade de condições de acesso e permanência na escola (art. 206, I). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, aprovada em 20/12/96, contém dispositivos que amparam a assistência estudantil, entre os quais se destaca: “Art. 3º - O ensino deverá ser ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;…“. A LDB determina ainda que “a educação deve englobar os processos formativos e que o ensino será ministrado com base no princípio da vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais” (Lei n. 9.394, de 29/12/96, artigo 1º, parágrafos 2º e 3º, inciso XI). O Plano Nacional de Educação, aprovado em 10 de janeiro de 2001, atendendo a uma reivindicação direta do FONAPRACE, determina: “a adoção de programas de assistência estudantil tais como bolsa trabalho ou outros destinados a apoiar os estudantes carentes que demonstrem bom desempenho acadêmico“.

           



Nossa Realidade

A cidade de Santa Cruz tem se tornado um pólo do Ensino Superior no estado do Rio Grande do Sul. Todo ano a economia da cidade é positivamente afetada pela vinda de milhares de estudantes a esta. A UERGS, UNISC, Faculdade Dom Alberto e outras recebem cerca de 10 mil estudantes anualmente.

            A vida acadêmica se dá através de diferentes situações. Desde o vestibular, a matrícula, a sala de aula, os colegas, até o drama de moradia, alimentação, transporte. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) como entidade que representa os estudantes da UNISC, não pode se omitir, e por isso denunciamos o problema relativo a moradia.  

            Temos estudantes vindo de todo o estado, especialmente Vale do Rio Pardo. As instituições de Ensino não têm uma política efetiva de assistência estudantil. Porém isso não nos isenta de lutarmos por ela, justamente justifica nossa luta junto ao poder público municipal e estadual.

            Por isso propomos A CASA DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO (CEU) em Santa Cruz do Sul. Moradia habitável, subsidiada com recursos públicos.
           
Propomos a busca por uma moradia pública, para que sirva de alojamento no período em que os estudantes previamente selecionados (fatores sócio-econômicos, residir fora de Santa Cruz do Sul) estiverem em formação no Ensino Superior aqui.